Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula
MARIO GUERREIRO *
O título deste artigo não é fruto de sensacionalismo. É justamente uma manchete do Correio da Manhã, de 27/9/2012 e é claro que não me refiro a um antigo jornal brasileiro há muito extinto, mas sim ao seu homônimo português em circulação hoje.
É espantoso que uma notícia desse peso político não tenha saído, até onde me é dado saber, em nenhum veículo da comunicação brasileiro.
Coisa que só fortalece a ideia de que Lula foi blindado pela grande mídia brasileira. Esta mesma se recusa a publicar qualquer coisa desabonadora a Lula e ao PT, e esta matéria de um jornal estrangeiro é a maior prova disso.
Se queremos saber coisas relevantes e de grande interesse público sobre nosso País, devemos ler jornais e revistas estrangeiros. É inacreditável!
Quem quiser conferir a autenticidade da notícia pode acessar o seguinte link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/ministerio-publico-pede-bloqueio-de-bens-de-lula
Mas passemos ao conteúdo dessa importante matéria publicada em Portugal:
O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal.
O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.
A ação interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança** Social a reformados** entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.
A missiva avisava os reformados que um convênio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito diretamente nas reformas**.
Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.
Para o Ministério Público, não há dúvida sobre Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas, e é igualmente acusado na ação.
Ambos usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e a ação do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a ação foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.
E Lula? Que dirá diante dessa denúncia do MP Federal? Será que acusará a “mídia golpista”? Ou dirá que, a igual exemplo do Mensalão, essa falcatrua nunca existiu?!
Agora só está faltando o Ministério Público Federal denunciar Lula como o chefão do Mensalão, uma vez que indícios não faltam.
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