A guerra da esquerda contra os carros
Os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro continuam suas cruzadas contra o automóvel. Ambos têm insistido em retirar faixas antes destinadas a veículos para ali instalar ciclovias, VLTs e BRTs. A última de Fernando Haddad foi a proposta de reduzir o espaço dos carros para alargar as calçadas.
Nada contra o transporte coletivo, desde que ele seja bem planejado e, principalmente, rode por debaixo da terra, como ocorre em qualquer cidade civilizada do mundo. Nesses lugares, a existência de transportes de massa bem estruturados leva as pessoas a, naturalmente, optar por manter os carros na garagem, não só por uma questão de conforto, como de economia de tempo e de dinheiro.
Aqui, não. Os tiranetes das grandes cidades brasileiras querem reduzir o número de automóveis nas ruas à força, na marra, ainda que isso represente, em alguns casos, um aumento absurdo no tempo de viagem. São os próceres tupiniquins de uma tendência esquerdista que enxerga o transporte individual como uma heresia.
Em vez de investir em obras viárias para adaptar as cidades ao volume cada vez maior de veículos, aqueles prefeitos decidiram, demagogicamente, que o automóvel é o grande vilão. É a luta de classes transferida para o trânsito. Para esses políticos, como disse um ex-prefeito de Bogotá, “democracia significa um ônibus que passa em alta velocidade enquanto um carro está parado no engarrafamento”. O resultado, obviamente, é o caos.
O colunista da Folha de São Paulo, Leão Serva, por exemplo, escreve hoje um artigo em que defende as famigeradas “ciclofaixas” de Haddad, em São Paulo. Depois de dizer que elas não são coisa de “esquerdista”, ele encerra seu libelo com a seguinte pérola:
“Agora, é preciso desmontar a quimera. E o único jeito é desincentivar a circulação de automóveis: bloquear áreas, reduzir velocidade, eliminar faixas, fechar ruas e criar ciclovias, entre outras medidas que irritam os que acham que carro é sinônimo de mobilidade. Eles resistem. Precisam ser convencidos.”
Esse pequeno trecho diz quase tudo sobre o pensamento desses verdadeiros tiranetes. Trata-se de uma guerra contra os automóveis e, principalmente, contra aqueles que insistem em utilizá-los. A expressão “precisam ser convencidos” é emblemática de como funciona a cabeça dessa gente e de como as palavras, em suas bocas, mudam completamente de sentido. Na verdade, como fica claro no próprio parágrafo destacado, eles não querem convencer ninguém, mas simplesmente impor aquilo que consideram certo.
Seu objetivo é fazer com que nós, cidadãos egoístas e individualistas, fiquemos fora de nossos amados carros, tornando esta forma de deslocamento a mais inconveniente possível. Tal postura expõe a ideologia de nossas elites intelectual e política, formadas por pessoas que, em sua grande maioria, nunca produziram coisa alguma, nunca tiveram que agradar o consumidor para vender seu produto. Seu meio de vida é a demagogia, não importa a quê preço.
Na verdade os lugares mais evoluidos lutam pelo aumento do transporte coletivo.. qlqr um que ja viajou pro exterior repara nos vlts extremamente bem cuidados e implantados.. nos estacionamentos subterraneos.. nos calcadoes nos centros urbanos onde mal s ve carro, n por proibição de uso, mas pq o vlt eh extremamente eficiente.. o restauro dos patrimonios historicos e incentivo forte ao turismo atraves deles.. as calcadas largas e o conforto e seguranca que elas trazem.. a quantidade de pontos de alugueis de bicicletas espalhados pela cidade.. o contraste maravilhoso entre o antigo, classico e o novo, tecnologico.. e tudo isso com parceria publico privado, comprometimento real de ambas as partes, civilidade, ética, respeito, liberdade, planejamento urbano espetacular e etc. Esse texto foi extremamente burro e parcial. Um mimimi de qm so olha pro próprio umbigo com medo do progresso da qualidade de vida..
Bom, eu não conheço São Paulo, mas conheço bem o Rio de Janeiro; aqui o que vem ocorrendo é que faixas antes destinadas a veículos agora são destinadas ao transporte público. Não vejo mal nisso e, se o transporte público fosse melhor, mais pessoas deixariam seus carros na garagem. A vida das pesoas que andam de ônibus melhorou, se não em termos de qualidade ao menos em tempo de viagem. Veja bem que não sou especialista em nada, sou apenas observador. É claro que ha outros fatores que atrapalham a melhoria no sentido da coletividade, como o fato de os trens serem, apesar de privatizados, ainda do estado (este tem que injetar milhoes na empresa privada, disso eu não entendo nada) e de que estes corredores de onibus, se fossem de trilhos, seriam muito mais uteis.