Carta aberta aos caminhoneiros

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caminhoesO sentimento de indignação é de todos.

Não há quem depende do seu próprio trabalho que não esteja insatisfeito com o grau de intervenção governamental em suas vidas.

Somos taxados, regulados, tutelados, controlados e punidos como nunca fomos antes.

É por isso que grande parte da população vem apoiando a chamada “greve dos caminhoneiros”.

Uns chegam a dizer que é a transposição de “A Revolta de Atlas” para a realidade.

Acredito que pouquíssimos de vocês, caminhoneiros, estão familiarizados com a novela da escritora Ayn Rand, que retrata uma greve daqueles que fazem o motor do mundo funcionar.

Com certeza, seu líder Ivar Schmidt nunca ouviu falar do significado da frase: “Quem é John Galt?”

John Galt era o rebelde por trás do movimento que clamava por liberdade e respeito à propriedade, material ou intelectual, que são direitos inerentes à natureza do homem.

Digo que não leu e não conhece, porque os pleitos estabelecidos por ele ferem, mais uma vez, os direitos de todos os brasileiros.

A quase totalidade dos que apoiaram a greve, imaginava que as reivindicações da categoria, se resumiriam ao pedido de menos regulação, menos impostos, mais liberdade e mais respeito à iniciativa privada e ao livre-mercado. Única maneira para diminuir a crônica corrupção existente no país, e as amarras que impedem que a sociedade construa os caminhos para sua própria prosperidade.

Vejo com tristeza que a pauta apresentada pelos grevistas segue a mesma retórica que sempre fez parte do sindicalismo tradicional, tão bem representado pelo PT: mais governo, mais subsídio, mais privilégios, mais imoralidade.

Usar o governo, sinônimo de força, de coerção, para empurrar para a sociedade inteira, os custos dos privilégios demandados pela classe, é uma vergonha e uma traição com aqueles que julgavam este movimento como sendo diferente de todos os demais.

Infelizmente, mostra-se agora que não é. É apenas mais uma demonstração de comezinha ambição pelo imerecido.

Gostaria que os caminhoneiros tivessem a consciência do equívoco moral e econômico de suas pretensões.

Sonhava com o dia que uma categoria dessas, viesse a público gritar “Quem é John Galt?”, em respeito à liberdade e à propriedade dos demais.

Lamentavelmente, nos deparamos com mais uma corporação associando-se ao governo para pedir por “almoço grátis”.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

6 comentários em “Carta aberta aos caminhoneiros

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    09/03/2015 em 1:03 am
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    É em momentos de fragilidade como esses que ideólogos de esquerda, mal intencionados, se apropriam de certos movimentos, muitas vezes justos, para tirar proveito e distorcem o foco a suas preferências. Mas por isso mesmo não podemos deixa-los sós. Eles devem ter o nosso olhar e a nossa assistência. Se há o mal, o bem deve estar por perto! (apesar de ser agnóstico rsrsrsr).

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    03/03/2015 em 10:34 am
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    Sr.Roberto Rachewsky, me desculpe mas,hahahahaahahahhahah,tu que pessoas simples que passam dia e noite trabalhando,seja os defensores do Liberalismo…. que vejam a novela da escritora Ayn Rand, que leiam John Galt. hahahahahahaha, por favor não faça isso!!!!!!!TODO MUNDO PINTA O SETE ELES TAMBÉM QUEREM PINTAR!!!!!!Este liberalismo tão almejado só vira por políticos que nós elegermos com este pensamento, não do povo que apanha da polícia(milicia). ACORDA, QUEM FAZ AS LEIS SÃO POLÍTICOS, SE QUISERMOS MAIS LIBERDADES, DEVEMOS ELEGER POLÍTICOS COM ESTA VISÃO, VAI LÁ NO MOVIMENTO APANHAR DA POLÍCIA QUE EU QUERO VER……

    • Roberto Rachewsky
      03/03/2015 em 9:15 pm
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      Cloves Belles, a maneira que eu tenho para contribuir com o país onde eu vivo, trabalho, crio os meus filhos, pago esses impostos escorchantes e sigo essas leis draconianas é o mesmo que o teu e o mesmo que os caminhoneiros e demais indivíduos vivem. Eu apanho todos os dias do governo com a taxação elevada e a regulação sufocante. Eu escolho políticos que compartilham dos meus ideais (raríssimos). E eu sei que um país para ser decente, moral e produtivo começa da base, pois é a base que elege a oligarquia que governa. Eu acredito nos caminhoneiros e na população humilde porque mesmo com nível cultural baixo pode discernir entre o falso e o verdadeiro, o certo e o errado. Não adianta brigar por brigar, há que se ter motivo e este tem que ser justo e coerente com as críticas que fazemos. Se você acha que apanhar da polícia ensina o povo a obedecer, eu prefiro ajudá-lo a pensar.

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        04/03/2015 em 2:15 pm
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        Obrigado por tua resposta Roberto, e me desculpe pelas palavras ríspidas!!!! a pressão esta grande e as vazes descontamos em quem não tem culpa, e só esta querendo ajudar….Shalom.

        • Roberto Rachewsky
          04/03/2015 em 8:43 pm
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          Cloves, estamos do mesmo lado navegando contra a mesma corrente.
          Um abraço e Shalom.

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    02/03/2015 em 4:27 pm
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    Roberto,
    Compartilho de suas palavras.

    Porém eu não tinha esperança de que os caminhoneiros iriam clamar por “liberdade”, infelizmente os benefícios desta liberdade de empreender não estão na ponta de língua do pessoal, mesmo de empresários, o que temos visto é que o pensamento do brasileiro geral ainda é pensar em “o que o governo vai fazer pra mim…”
    Imaginei que fossem bater mais forte contra o aumento do diesel, etc, e acabei vendo na pauta um pedido por tabelamento de fretes… no final é mais do mesmo, quanto mais o governo intervêm e faz suas c@g@d@s, mais as pessoas clamam por novas intervenções.

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