Excelente reportagem do The Economist cujo título é “Dilma’s tight skirt” (a saia justa de Dilma) analisa de maneira cirúrgica a atual situação econômica do país.

Segundo a revista, pela primeira vez o PT não poderá fazer algo que costuma caracterizar todos os governos em ano de campanha: aumento de gastos públicos. O país simplesmente não suporta mais esse expediente. Está faltando caixa graças ao pífio crescimento médio de 1,8% ao ano, com inflação de 6% média ao ano e um atual déficit nominal de 3,7% do PIB.

Normalmente o governo recorreria aos empréstimos externos, mas uma menor deterioração das contas de governos estrangeiros, somados com as peripécias nas contas públicas nacionais fizeram dos países desenvolvidos o rumo natural dos investimentos privados.

Embora o país tenha uma forte reserva econômica e baixa taxa de desemprego (fruto da política dos nem-nem, que não estudam e nem trabalham por vontade própria e que portanto ficam fora da taxa oficial), estamos claramente em um momento de estagflação e sem perspectivas de melhora em longo prazo pela falta de reformas estruturais.

O resultado desse cenário pode ser uma mudança de direção no país em 2014.