“Todo este livro, até o presente capítulo, tem sido dedicado a mostrar a evolução dos serviços privados. Já vimos que eles são, implícita ou explicitamente, baseados nessa fórmula: faça isso por mim, e eu farei isso por você; o que implica um duplo e mútuo consentimento sobre o que é dado e o que é recebido. As noções de escambo, troca, avaliação, valor, não podem, portanto, ser concebidas sem liberdade, nem liberdade sem responsabilidade. Cada uma das partes numa troca consulta, a seu próprio risco e perigo, seus desejos, suas necessidades, seus gostos, seus meios, suas atitudes, sua conveniência — todos os elementos de sua circunstância; e em nenhum lugar nós negamos que, no exercício do livre-arbítrio, há a possibilidade de erro, a possibilidade de uma escolha errada ou mesmo tola. A culpa disso deve ser imputada não ao mecanismo da troca, mas à imperfeição da natureza humana; e o remédio pode ser encontrado somente na responsabilidade própria (ou seja, na liberdade), uma vez que ela é a fonte de toda a experiência.” Frederic Bastiat