Meio ambiente e capitalismo: A solução da liberdade
Gustavo Mendes *
A preocupação mais atual na agenda política mundial é o meio ambiente. Como os impactos de nossa geração irão afetar a qualidade de vida das gerações futuras? Sem os alarmismos do aquecimento global e nem a pressão de quem usa o tema para fins escusos, como o aumento de poder e o aliciamento de votos, o tema é de suma importância e imperiosa necessidade, visto que sem discuti-lo comprometeremos nossa gestão dos finitos e escassos recursos naturais e, consequentemente, não iremos muito longe enquanto humanidade. Só temos uma “casa” afinal das contas.
Enquanto burocratas em suas torres de marfim decidem o futuro do nosso planeta, nós estamos parados aqui, apenas acatando suas ordens, aguardando que de reuniões “messiânicas”, um anjo venha guiar-nos para longe do abismo da destruição, despolua nossos rios e mares e recomponha nossa flora. Enquanto isso, vamos jogando nosso lixo nas calçadas, pescando na piracema, culpando e falando mal do capitalismo, como se este fosse uma entidade demoníaca que está nos arrastando para a destruição. Obviamente, não assumimos culpa nenhuma por toda esta depredação indiscriminada, pois estamos depositando toda nossa crença em nossos iluminados políticos, bondosos e conscientes da importância de cada ser vivo na Terra.
Não devemos negar a importância das políticas públicas para proteger o meio ambiente. Precisamos, sim, de políticas eficientes voltadas para a sustentabilidade, pois esta é uma forma a garantir que não haja externalidade negativa por parte de empresas ou que os impactos sejam os menores possíveis, além de evitar a transferência de custos para os mais vulneráveis ou para as gerações futuras. O que devemos questionar é: a capacidade de um pequeno grupo de “planejadores” – composto de políticos e burocratas – de gerir todos os recursos naturais e os ecossistemas; a crítica de que o livre mercado é o responsável por toda tragédia ecológica; e, obviamente, a nossa omissão no processo de conservação da nossa esfera azul.
Sabemos que toda a planificação estatal é ineficiente. A alocação dos recursos nunca será racional sem os mecanismos de precificação do mercado, não há como se fechar a conta do cálculo econômico e, além disso, o conhecimento sempre será limitado individualmente e difuso pela humanidade. Deste modo, somente uma multiplicidade de indivíduos é capaz de precificar e definir a utilidade de cada bem.
Com isso, podemos afirmar que as políticas ambientais podem ser ineficientes. E na maioria das vezes serão. Por não conhecer os ativos ambientais, sua importância para a região e sua simbiose com o ecossistema, o planejador irá definir pelo seu conhecimento limitado o valor de cada coisa. Assim, sempre é uma tragédia quando, por exemplo, a ação estatal tenta definir intervenções, seja na instalação de uma hidroelétrica, seja em uma tragédia ambiental. Ademais, há de se levantar a questão do uso da legislação para o aumento do desmatamento e de áreas de pastagem para “amigos do rei”. Vemos, estarrecidos, o aumento do desmatamento e a expansão das terras destinadas à criação de gado, ano após ano, para empresas e fazendeiros que certamente estão em conluio com os homens públicos.
Quanto à crítica ao livre mercado como causador dos problemas ambientais, há muita mistificação envolvendo o tema. Primeiramente, um dos princípios da economia de livre mercado é a alocação eficiente de recursos em função de se obter o melhor aproveitamento em função dos custos envolvidos. Logo, dentro de um sistema liberal, haverá o melhor e mais eficiente aproveitamento dos recursos possível, produzindo o máximo de bens viáveis e com o menor número de insumos. Antes, precisávamos derrubar árvores para passar conhecimento entre nós por meio de livros e papiros. Hoje, fazemos isso por meio de algumas gramas de silício e cobre. Um pen drive fez muito mais pela natureza que muito ativismo fundamentalista. Outro exemplo é o uso de áreas de caça para o safári e pesquisa. Também é mérito do livre mercado permitir que os habitantes da região pudessem alocar os recursos “animais” de forma mais eficiente e rentável.
O capitalismo é baseado na inovação e na eficiência. Hoje utilizamos menos recursos naturais e produzimos muito mais e com muito mais primor. Essa evolução é benéfica ao meio ambiente e, com certeza, foi responsável pela conservação de muitos ecossistemas, como podemos ver no exemplo dos safáris e áreas de pesquisa de animais. Evidentemente, temos o problema do consumo consciente dos produtos que criamos. Mas, se pararmos para pensar, ele também entra na regra da alocação eficiente de nossos recursos. A conscientização de que o uso equivocado do nosso dinheiro para a compra de bens que não são tão eficientes às nossas necessidades é uma premissa válida dentro do sistema capitalista.
Dentro de um sistema liberal, não há a “culpa da sociedade”. Cada indivíduo é culpado pelos seus atos individualmente, limitando a punição às suas atitudes e suas recompensas aos seus méritos. Essa noção de culpa individual nos dá a dimensão necessária para enfrentarmos o problema de forma que não tenhamos que esperar a sociedade se unir em prol da natureza, ou que o governo, através de suas reuniões e cúpulas do meio ambiente, nos diga o que fazer para salvar as matas ou despoluir os rios. O empoderamento do indivíduo é fundamental na proteção da nossa biodiversidade e do uso correto dos recursos naturais. Somente por meio da individualização das responsabilidades podemos agir de forma imediata para preservar a natureza.
O respeito à propriedade privada nas regiões de floresta, o direito à autodefesa e o direito ao trabalho em atividades de sustentabilidade são umas das soluções dentro de um sistema de economia livre para os indivíduos. Reduzir a carga tributária das atividades de reciclagem e oferecer oportunidades de abertura de empresas de forma desburocratizada são ações que seriam fundamentais para o um futuro mais “ecologicamente correto” para nosso planeta. Cabe a nós agir em prol destas mudanças, cada um com o conhecimento próprio, articulados voluntariamente para alcançar os objetivos que consideramos ideais para nossa preservação. Não devemos esperar que a mudança surja de cima para baixo. Toda mudança efetiva é galgada de uma base forte, ou seja, da parte mais baixa da pirâmide social para a parte superior dela.
Enquanto burocratas em suas torres de marfim decidem o futuro do nosso planeta, nós estamos parados aqui, apenas acatando suas ordens, aguardando que, de reuniões “messiânicas”, um anjo venha guiar-nos para longe do abismo da destruição, despolua nossos rios e mares e recomponha nossa flora. Enquanto isso, vamos jogando nosso lixo nas calçadas, pescando na piracema, culpando e falando mal do capitalismo como se fosse uma entidade demoníaca que está nos arrastando para a destruição. Obviamente, não assumimos culpa nenhuma por toda esta predação indiscriminada, pois estamos depositando toda nossa crença em nossos iluminados políticos, bondosos e conscientes da importância de cada ser vivo na Terra.
Não devemos negar a importância das políticas públicas para proteger o meio ambiente. Precisamos, sim, de políticas eficientes voltadas para a sustentabilidade, esta é uma forma a garantir que não haja externalidade negativa por parte de empresas ou que os impactos sejam os menores possíveis, além de evitar a transferência de custos para os mais vulneráveis ou para as gerações futuras. O que devemos questionar é: a capacidade de um pequeno grupo de “planejadores” – composto de políticos e burocratas – em gerir todos os recursos naturais e os ecossistemas; a crítica de que o livre mercado é o responsável por toda tragédia ecológica; e, obviamente, a nossa omissão no processo de conservação da nossa esfera azul.
Sabemos que toda a planificação estatal é ineficiente. A alocação dos recursos nunca será racional sem os mecanismos de precificação do mercado, não há como se fechar a conta do cálculo econômico e, além disso, o conhecimento sempre será limitado individualmente e difuso pela humanidade. Deste modo, somente uma multiplicidade de indivíduos é capaz de precificar e definir a utilidade de cada bem.
Com isso, podemos afirmar que as políticas ambientais podem ser ineficientes – e na maioria das vezes serão. Por não conhecerem os ativos ambientais, sua importância para a região e sua simbiose com o ecossistema, o planejador irá definir pelo seu conhecimento limitado o valor de cada coisa. Assim, sempre é uma tragédia quando, por exemplo, a ação Estatal tenta definir intervenções, seja na instalação de uma hidroelétrica, seja em uma tragédia ambiental. Ademais, há de se levantar a questão do uso da legislação para o aumento do desmatamento e de áreas de pastagem para “amigos do rei”. Vemos estarrecidos os aumentos dos desmatamentos e das terras de criação de gado ser aumentadas, ano a ano, para empresas e fazendeiros que certamente estão em conluio com os homens públicos.
Quanto a critica ao livre mercado como causador dos problemas ambientais, há muita mistificação envolvendo o tema. Primeiramente, um dos princípios da economia de livre mercado é a alocação eficiente de recursos em função de se obter o melhor aproveitamento em função dos custos envolvidos. Logo, dentro de um sistema liberal, haverá o melhor e mais eficiente aproveitamento dos recursos possível, produzindo o máximo de bens viáveis e com o menor número de insumos. Antes, quando precisávamos derrubar árvores para passar conhecimento entre nós por meio de livros e papiros. Hoje, fazemos isso por meio de algumas gramas de silício e cobre. Um pen drive fez muito mais pela natureza que muito ativismo fundamentalista. Outro exemplo é o uso de áreas de caça para o safári e pesquisa. Também é mérito do livre mercado permitir que os habitantes da região pudessem alocar os recursos “animais” de forma mais eficiente e rentável.
O capitalismo é baseado na inovação e na eficiência, hoje utilizamos menos recursos naturais e
produzimos muito mais e com muito mais primor. Essa evolução é benéfica ao meio ambiente e com certeza foi responsável pela conservação de muitos ecossistemas como podemos ver no exemplo dos safaris e áreas de pesquisa de animais. Evidentemente, temos o problema do consumo consciente dos produtos que criamos. Mas, se pararmos para pensar,ele entra na regra da alocação eficiente de nossos recursos. A conscientização de que o uso equivocado do nosso dinheiro para a compra de bens que não são tão eficientes às nossas necessidades é uma premissa válida dentro do sistema capitalista.
Dentro de um sistema liberal, não há a “culpa da sociedade”. Cada indivíduo é culpado por seus atos individualmente, limitando a punição às suas atitudes e suas recompensas aos seus méritos. Essa noção de culpa individual nos dá a dimensão necessária para enfrentarmos o problema de forma que não tenhamos que esperar a sociedade se unir em prol da natureza, ou que o governo através de suas reuniões e cúpulas do meio ambiente nos diga o que fazer para salvar as matas ou despoluir os rios. O emponderamento do indivíduo é fundamental na proteção da nossa biodiversidade e do uso correto dos recursos naturais. Somente por meio da individualização das responsabilidades podemos agir de forma imediata para preservar a natureza.
O respeito a propriedade privada nas regiões de floresta, o direito a auto defesa e o direito ao trabalho em atividades de sustentabilidade são umas das soluções dentro de um sistema de economia livre para os indivíduos. Reduzir a carga tributária das atividades de reciclagem e oferecer oportunidades de abertura de empresas de forma desburocratizada são ações que seriam fundamentais para o um futuro mais “ecologicamente correto” para nosso planeta. Cabe a nós agir em prol destas mudanças, cada um com o conhecimento próprio, articulados voluntariamente para alcançar os objetivos que consideramos ideais para nossa preservação. Não devemos esperar que a mudança surja de cima para baixo, toda mudança efetiva é galgada de uma base forte, ou seja, da parte mais baixa da pirâmide social para a parte superior dela.
* Gustavo Mendes é graduando em Economia pela UERJ, focado nas áreas de mercado financeiro, pensamento econômico e politica.