O que andam “armando” China e Rússia
A China comemora o primeiro teste de um portador de mísseis nucleares hipersônico.
A China realizou um ensaio em voo de um veículo hipersônico lançador de mísseis capaz de penetrar qualquer sistema de defesa com ogivas nucleares, de acordo com o Pentágono.
O veículo planador hipersônico (HGV, na sigla em inglês para hypersonic glide vehicle), apelidado de “Wu-14” pelos Estados Unidos, foi detectado voando a 10 vezes a velocidade do som durante um voo de teste sobre a China na quinta-feira, segundo relato de um funcionário do Pentágono ao Washington Free Beacon, um jornal online.
Um porta-voz do Pentágono confirmou depois a informação, mas não quis dar mais detalhes. “Nós monitoramos rotineiramente as atividades de defesa estrangeiras e estamos cientes do teste”, disse o porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, tenente-coronel Jeffery Pool ao Beacon. Peritos militares chineses comemoraram ontem o teste como um avanço. A China agora é o segundo país depois dos EUA a testar com sucesso um veículo lançador hipersônico capaz de transportar ogivas nucleares a uma velocidade acima de Mach 10.
[Mach, relação entre a velocidade do objeto e a velocidade do som. Atualmente a maior velocidade atingida dentro da atmosfera terrestre foi Mach 10, atingida em experiências feitas pela NASA com seu avião a jato experimental scramjet X-43A (supersonic-combustion ramjet |ramjet de combustão supersônica), segundo a Wikipédia. N.E.].
Uma arma como essa é vista, há tempos, por especialistas, como um divisor de águas em segurança porque pode atingir um alvo antes que qualquer dos atuais sistemas de defesa antimísseis possa reagir. Uma vez implantado, poderia aumentar significativamente a força estratégica e convencional de mísseis da China.
Acordo nuclear entre a Rússia e a Hungria
Moscou vai emprestar até 10 bilhões de euros ao governo Húngaro em um acordo de cooperação nuclear finalizado durante visita do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban à Rússia. O empréstimo de 30 anos vai financiar a expansão da única usina de energia nuclear da Hungria, onde serão construídos dois novos blocos.
O líder do país que já fez parte do bloco soviético elogiou seu anfitrião, Vladimir Putin. “A Rússia é o nosso parceiro mais importante depois dos países da União Europeia”, disse Orban aos repórteres, sentado ao lado de Putin na residência oficial do presidente russo, nos arredores de Moscou. “Nós apreciamos esse desenvolvimento… o que podemos ver na Rússia sob o seu governo. Isso torna importante a cooperação para a Hungria.”
Membro da União Europeia por uma década, a Hungria continua a depender muito do fornecimento de energia da Rússia. Os novos blocos da usina nuclear Paks, ao sul de Budapeste, deverão entrar em operação antes 2023. Permanecerão como propriedade do governo húngaro.
fonte: Platform for Global Challenges
imagem: wikipédia