Os comunistas do Movimento Passe Livre ameaçam novamente
Em várias capitais do país discute-se o reajuste da tarifa dos sistemas de transporte público. Como a esquerda perdeu o “monopólio das ruas”, esse é o momento ideal para que uma de franjas, o MPL, tente desencadear manifestações, confundir a população e atingir o seu objetivo imediato: manter Dilma Rousseff na presidência. A esquerda entendeu que era preciso agir e dividir as ruas.
Lembre-se que em 2013 o MPL promoveu manifestações defendendo suas teses. Em seguida, o povo aderiu e passou a protestar contra o governo Dilma e os governos estaduais. O MPL perdeu a pauta e retornou aos “aparelhos”.
É verdade que a qualidade do transporte é ruim e o preço é discutível, mas essa questão é apenas a isca sedutora que o movimento utiliza para atrais os jovens para sua missão revolucionária.
O próprio MPL diz em sua carta de princípios:
“O MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população. Assim, deve-se construir o MPL com reivindicações que ultrapassem os limites do capitalismo, vindo a se somar a movimentos revolucionários que contestam a ordem vigente”
Mais:
“O MPL não tem fim em si mesmo, deve ser um meio para a construção de uma outra sociedade”
Como todas as outras organizações comunistas, eles querem construir outra sociedade. Só não deixam muito claro que pra isso precisam destruir a atual.
Leia a carta de princípios do MPL na íntegra:
“Princípios organizativos do Movimento Passe Livre Nacional
O Movimento Passe Livre é um movimento horizontal, autônomo, independente e apartidário, mas não antipartidário. A independência do MPL se faz não somente em relação a partidos, mas também a ONGs, instituições religiosas, financeiras etc.
Nossa disposição é de Frente Única, mas com os setores reconhecidamente dispostos à luta pela Tarifa Zero dentro das nossas perspectivas estratégicas. Os documentos assinados pelo Movimento devem conter o nome Movimento Passe Livre, evitando, assim, as disputas de projeção de partidos, entidades e organizações.
A via parlamentar não deve ser o sustentáculo do MPL, ao contrário, a força deve vir das ruas.
Os princípios constitutivos do MPL serão definidos somente pelo método do consenso. Nas deliberações não referentes a princípios, deve-se buscar propostas consensuais, na impossibilidade, deve-se ter previsto o recurso à votação.
Perspectivas Estratégicas
O MPL não tem fim em si mesmo, deve ser um meio para a construção de uma outra sociedade. Da mesma forma, a luta pela Tarifa Zero não tem um fim em si mesma. Ela é o instrumento inicial de debate sobre a transformação da atual concepção de transporte coletivo urbano, rechaçando a concepção mercadológica de transporte e abrindo a luta por um transporte público, gratuito e de qualidade, como direito para o conjunto da sociedade; por um transporte coletivo fora da iniciativa privada, sob controle público (dos trabalhadores e usuários).
O MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população. Assim, deve-se construir o MPL com reivindicações que ultrapassem os limites do capitalismo, vindo a se somar a movimentos revolucionários que contestam a ordem vigente. Portanto, deve-se participar de espaços que possibilitem a articulação com outros movimentos, sempre analisando o que é possível fazer de acordo com a conjuntura local.
Os projetos reivindicados para a implementação do passe livre para uma categoria não devem implicar em aumento das tarifas para os demais usuários.
O MPL deve fomentar a discussão sobre aspectos urbanos como crescimento desordenado das metrópoles, relação cidade e meio ambiente, especulação imobiliária e a relação entre drogas, violência e desigualdade social.
O MPL deve lutar pela defesa da liberdade de manifestação, contra a repressão e criminalização dos movimentos sociais. Nesse sentido, lutar contra a própria repressão e criminalização de que tem sido alvo.
Organização e constituição
O apoio mútuo deve ser a base que garante a existência do movimento em nível movimento nacional.
O MPL se constitui através de um pacto federativo, isto é, uma aliança em que as partes obrigam-se recíproca e igualmente e na qual os movimentos nas cidades mantêm a sua autonomia diante do movimento em nível federal, ou seja, um pacto no qual é respeitada a autonomia local de organização.
As unidades locais devem seguir os princípios federais do movimento. Ressalta-se que o princípio da Frente Única deve ser respeitado, estando acima de questões ideológicas.
O MPL em nível federal é formado por representantes dos movimentos nas cidades, que constituem um Grupo de Trabalho (GT). O GT é formado por pelo menos 1 e no máximo 3 membros referendados pelas delegações presentes no Encontro. Os grupos locais de luta não presentes devem ter o aval dos movimentos que fizerem parte do GT. Deve-se garantir a rotatividade dentro do GT de acordo com as decisões do MPL local.
Semana Nacional de Luta pelo Passe Livre
A semana do dia 26 de outubro fica definida como Semana Nacional de Luta pelo Passe-Livre. Preferencialmente, as mobilizações devem ocorrer no dia 26 de outubro, e se possível no mesmo horário. Os MPLs locais devem ter autonomia para definir as atividades a serem realizadas. O GT deve procurar obter a programação de todas as cidades para divulgar por meios eletrônicos e outros.
Outras resoluções
– O MPL deve utilizar mídias alternativas para a divulgação de ações e fomentar a criação e expansão destes meios. Já o contato com a mídia corporativa deve ser cauteloso, entendendo que estes meios estão diretamente atrelados às oligarquias do transporte e do Poder Público.
– O MPL se coloca contra todo tipo de preconceito (racial, sexual, gênero etc.).”
E estão conseguindo o contrário do que tencionavam: o repúdio dos brasileiros que trabalham, pensam e querem um país democrático, onde as leis, Constituição, Estado de Direito são respeitados e as pessoas podem prosperar e viver em liberdade.
À medida que sua verdadeira agenda foi sendo desmascarada, que seu braço armado (os black blocs) foi atirando rojões nas pessoas, quebrando patrimônio público, portando bombas, etc., as pessoas tomaram consciência de que essa cambada (fantasiada de “vanguarda do povo”) quer mesmo é implantar aquela tirania que arruinou a economia da URSS, Cuba, Venezuela e matou mais de 100 milhões de pessoas em nome de uma utopia.
Só que não. Nada de utopia para nós, manés! Queremos é consertar o presente – já. E neste nosso presente não há lugar para a doutrina fossilizada, ruinosa, desmentida pela experiência, cujo autor a concebeu com o ressentimento de que, supomos, só quem padece de furúnculos seja capaz, e, sobretudo, só quem viveu a vida inteira do dinheiro dos outros teria interesse em conceber,