“Patriotismo Econômico” – a nova grande idéia de Obama para a economia
O Governo Obama pediu uma ação imediata do Congresso para impedir que as empresas norte-americanas se utilizem das chamadas “fusões transfronteiriças” para escapar do pesado sistema tributário do país, a mais recente tendência de negócios nos EUA, conforme informa a Agência Bloomberg.
Em carta pedindo um “novo senso de patriotismo econômico“, o secretário do Tesouro, Jacob J. Lew pediu ao Congresso que aprove medidas fiscais restritivas a esse tipo de conduta. “Devemos evitar que as empresas efetivamente renunciem à sua cidadania para evitar pagar seus impostos“, escreveu Lew na carta aos principais conselheiros fiscais do Congresso. “Nós não deveríamos estar fornecendo suporte para corporações que buscam mandar seus lucros para o exterior a fim de evitar o pagamento de seu quinhão de impostos.”
Esta é a reposta do Governo à recente enxurrada de fusões de empresas norte-americanas com empresas estrangeiras, a fim de que possam mudar suas matrizes no exterior e assim defender-se da sanha arrecadadora de Obama. As chamadas inversões permitem às empresas reduzir a sua carga fiscal, evitando a taxa de 40%, em média, incluindo impostos estaduais, sobre os lucros. A taxa dos EUA é o dobro da média na Europa, segundo o Wall Street Journal.
Estranhamente, o mesmo Mr. Lew admite em sua carta que a “melhor maneira de resolver esta situação é através de uma reforma tributária, que reduza a alíquota de imposto sobre as empresas, amplie a base tributária, feche as brechas existentes e simplifica o sistema tributário.” Entretanto, como afirma o WSJ, ele e o Presidente Obama não têm feito nada sobre esse assunto, apesar do interesse de ambos os partidos na questão.
O ex-presidente de Finanças do Senado, Max Baucus, por exemplo, trabalhou durante longo tempo na reforma, mas Obama não demonstrou qualquer interesse em levar adiante o assunto. “Nós já estivemos nessa estrada antes, e sabemos que as empresas vão continuar a ir embora, uma vez que as nossas alíquotas de impostos estão entre as mais altas do mundo e a nossa política fiscal é altamente disfuncional, tirando qualquer possibilidade de competição justa com as empresas estrangeiras”, diz Baucus.
Definitivamente, a esquerda não entende nada de economia. A curto prazo, a única coisa que Obama vai obter com todo esse populismo econômico é apressar o processo de “fuga” das empresas para o exterior, bem como reduzir drasticamente a vinda de novos investimentos estrangeiros para aquele país, afinal, quem vai se arriscar a entrar no jogo se não tiver garantias de que poderá sair, se e quando desejar?
Para um país como os EUA, que já conta com níveis de infraestrutura e produtividade muito acima da média mundial, a manutenção e atração de investimentos seria muito fácil, desde que a ideologia fosse deixada de lado. Como ensinou Adam Smith, “pouco mais é necessário para erguer um Estado, da mais primitiva barbárie até o mais alto grau de opulência, além de paz, baixos impostos e boa administração da justiça: todo o resto corre por conta do curso natural das coisas.”
Enfim, a solução para os problemas econômicos de Obama e da maioria dos governos esquerdistas ao redor do mundo é simples: menos Marx e Keynes; mais Adam Smith e Milton Friedman.