Por que o NOVO incomoda tanta gente
Mal teve o registro homologado pelo TSE, o Partido Novo já está incomodando muita gente. Depois das esperadas críticas nos canais mais radicalmente à esquerda, o Novo começa a incomodar a politicagem mais ao centro – para ser mais exato: PSDB e DEM. Reparem, por exemplo, nessa notinha publicada pela coluna Radar, de Veja.com (não confundir com Lauro Jardim, que não é mais o responsável pela coluna, e deverá estrear no Globo, em outubro):
Depois de ter seu registro aprovado pelo TSE no dia 15, o Partido Novo — que defende um Estado menor e mais eficiente — fez ontem um jantar no restaurante Cantaloup (a 240 reais por cabeça), em São Paulo.
Presentes, cerca de 60 pessoas, boa parte delas advogados, médicos e gente do mercado financeiro. Mais de um terço se ofereceu como voluntário.
O Novo, que começou a aceitar filiados há apenas uma semana, já tem pelo menos 900 mil simpatizantes — o número de pessoas que já curtiram sua página no Facebook.
Apesar disso, o partido ainda é um fenômeno na classe média alta, gente que se sente deserdada pelo PSDB e pelo DEM, tidos como ‘não suficientemente liberais’.
Seu desafio daqui por diante será levar sua mensagem para a maior parte da população.
Convenhamos, aquela menção ao preço do restaurante, principalmente num veículo pouco dado a esse tipo de bobagem, como Veja, era absolutamente desnecessária. Só apareceu ali, evidentemente, porque tem mais gente, além da petralhada e dos Psols da vida, interessada em colar no Novo a pecha de “partido da elite”.
E não é para menos. PSDB e DEM serão os maiores perdedores em caso de eventual sucesso do Partido Novo, pois perderão não apenas eleitores, mas também filiados. Não serão poucos os órfãos que militavam e votavam naqueles dois partidos – pela mais absoluta falta de opção, diga-se de passagem – que migrarão para o Novo.
Portanto, fiquem atentos, senhores dirigentes do Partido Novo, pois vem chumbo grosso por aí, e de todas as direções. Muita cautela e sabedoria nessa hora!
A princípio o Novo tem meu voto, mas veremos o que os políticos que concorrerem trarão de proposta. Não precisamos de um PT às avessas (no sentido de ficar viajando nas idéias).
Que tal divulgar quanto foi gasto por cabeca nos encontros e churrascos promovidos pela Dilma para fazer os conchavos para tentar evitar o final antecipado do seu governo?
Ser atacado pelo campo “pogreçista” em geral já era esperado. Ser atacado pela Veja, pelo PSDB e pelo DEM é a consagração.
Nas minhas condições atuais, não seria um bom filiado.
Menos Estado, mais indivíduo. O caminho é este.