Resposta a Jean Wyllys: o aborto é um ato ilegal, imoral e irracional!

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por MARCOS HENRIQUE MARTINS CAMPOS

O deputado federal Jean Wyllys (Ex BBB, PSOL-RJ) é um personagem controverso do cenário político brasileiro. É do tipo que ou se ama, ou se odeia. Está sempre envolvido em polêmicas, e, na verdade, construiu sua carreira sobre estas polêmicas, notoriamente em torno do debate e reivindicação de “direitos”, alegadamente negados à comunidade LGBT e outras “minorias”.

Motivado por supostos mal entendidos, e declarando a intenção de esclarecer as mais diversas situações envolvendo seu nome, o deputado criou em sua página pessoal a seção VERDADE OU MENTIRA, na qual ele declara suas posições oficiais sobre determinados temas, posições estas que, segundo ele afirma, foram distorcidas e espalhadas na internet por pessoas “mal intencionadas”, com a intenção de prejudicá-lo. Acontece que, na tentativa de limpar sua imagem, ele acabou manchando-a… Com sangue! Como diz o ditado, “a emenda saiu pior que o soneto”.

Praticamente todas as posições oficiais do deputado Jean Wyllys são reprováveis, mas uma em particular chama a atenção pelo exacerbado grau de cinismo. O deputado apresentou, no início deste ano, o projeto de lei PLC 882-2015, que caso seja aprovado, permitirá às mulheres gestantes realizarem abortos de forma arbitrária, gratuitamente, em clínicas e hospitais da rede SUS, até a 12ª semana de gestação. Como era de se esperar, muita polêmica surgiu em torno deste projeto de lei, e eis a posição oficial do deputado sobre o assunto:

 

Link: http://jeanwyllys.com.br/verdadeoumentira/

jeanwyllysaborto

 

“É preciso discutir, abertamente e de forma HONESTA sobre a necessidade de legalizar o aborto. O que NÃO significa que o deputado é A FAVOR de que aborto seja um mero método contraceptivo, ou um meio de controle familiar. Não é isso, e por isso a legalização do aborto deve vir acompanhada por políticas públicas de informação sobre os métodos contraceptivos e acesso gratuito a eles nos centros de saúde, educação sexual nas escolas, prevenção e combate ao estupro e à violência de gênero e outras formas de impedir a gravidez não desejada. Contudo, na última instância, quem deve decidir se continuar ou interromper a gravidez não desejada é a mulher. É um direito dela: gravidez não é destino, é escolha.

Por outro lado, aborto é uma grave questão de saúde pública e precisa ser tratado como tal. Em nosso país, o aborto é a segunda maior causa de morte de gestantes, e isto ocorre independente de proibição ou criminalização . A mulher que pratica o aborto clandestino no Brasil não se encaixa em um só molde, a diferença é que aquelas sem condições financeiras que proporcionem acesso à assistência médica de qualidade, morrem – ou procuram, em vão, assistência da saúde pública. Ao mesmo tempo em que a proibição pura e simples não impede mulheres de abortarem, ela ainda as obriga a recorrer a chás perigosos, medicamentos contrabandeados e clínicas clandestinas, que funcionam, inclusive, com apoio de agentes federais.

O deputado defende que haja regras claras quando se pode ou não se pode abortar (até qual semana da gestação), de acordo com os conhecimentos mais atuais da ciência e a mais moderna legislação comparada. A autonomia da mulher sobre o próprio corpo e a ciência devem ser os argumentos definitivo nas questões que cercam a interrupção de uma gravidez, inclusive assegurando o direito das mulheres vítimas de violência ou que estejam enfrentando risco à vida por conta de complicações gestacionais.

Enquanto o argumento religioso suplantar o científico, sem qualquer espaço para a discussão honesta, milhares de mulheres continuarão morrendo por causa do aborto. Defender a vida é defender a vida dessas mulheres, e quem não a defende e fala da vida na discussão sobre o aborto está sendo hipócrita! Mortalidade materna não pode ser consequência da falta de assistência médica pública hospitalar. O Estado brasileiro é laico e a mulher é livre!

 

OBS: Todos os erros gramaticais são originais do texto do site do deputado.

 

*          *          *

 

Bem, todos concordarão que é simplesmente impossível deixar o deputado Jean Wyllys sem uma resposta.

 

RESPOSTA DOS VERDADEIROS DEFENSORES DA VIDA A JEAN WYLLYS:

 

Vossa Excelência, Senhor Deputado Jean Wyllys, ao atacar o argumento religioso, como se este fosse o único que se opõe à ideia de legalização do aborto, o senhor assina e nos entrega um certificado da sua própria ignorância acerca do assunto, ou simplesmente assume sua desonestidade intelectual, uma vez que o senhor visa estreitar o debate com base nos únicos argumentos que lhe são pretensamente favoráveis. O argumento religioso, por si só, já seria mais do que suficiente para refutar a defesa do aborto, porém, saiba o senhor que este não é o único argumento a se opor a esta ideia.

Uma vez que o senhor parece considerar o argumento religioso obsoleto, ultrapassado, ou ilegítimo, vou lhe poupar da chateação desnecessária que este lhe causaria, e deixá-lo de lado. Vamos tratar o tema a partir de outra perspectiva, que o senhor não vai poder descartar de maneira tão arbitrária: a racionalidade objetiva. Peço licença à filósofa Ayn Rand para me basear em sua filosofia, o Objetivismo, mais especificamente na sua Ética Objetivista, e inserir trechos de seus escritos ao longo desta resposta (mais especificamente do seu livro “A virtude do egoísmo”), todos devidamente identificados.

Pois bem. Quando o senhor utiliza a palavra “HONESTA”, fazendo questão de destacá-la utilizando letras maiúsculas e grifando-as em negrito, qual é a sua intenção? Classificar como DESONESTA uma ideia que visa defender a vida humana, representada pelos embriões ainda nos úteros de suas mães? Classificar como DESONESTAS todas as pessoas bem intencionadas que defendem a vida destes embriões? Rotular como DESONESTOS quem pensa diferente do senhor? O senhor, nobilíssimo deputado, é capaz de perceber a INCOERÊNCIA de sua fala? É capaz de perceber a DESONESTIDADE que comete? É capaz de compreender a INVERSÃO DE VALORES que fomenta? É capaz de mensurar o CINISMO que deixa transparecer? Bem, a resposta para estas perguntas é óbvia: com toda a certeza o senhor não é capaz de enxergar NADA além do estreito e nebuloso horizonte ideológico dentro do qual seu intelecto se limita.

Diante de toda a sua arrogância, que o impele a se considerar e autodeclarar a personificação da honestidade, e a reivindicar o monopólio da “preocupação com a vida alheia”, resta apresentar-lhe o posicionamento dos VERDADEIROS DEFENSORES DA VIDA no que diz respeito a este assunto, em contraponto ao que foi apresentado pelo senhor, na tentativa de convencê-lo da legitimidade dos nossos pontos de vista, e consequentemente do equívoco que cometeu, quando julgou como desonestos a todos nós, que REALMENTE defendemos a vida. Assumo a possibilidade de estarmos enganados, mas nego veementemente a de estarmos sendo desonestos. Estaríamos sendo desonestos apenas se tivéssemos plena consciência de estarmos errados, e ainda assim mantivéssemos nossa posição. No instante mesmo em que o senhor apresentar argumentos solidamente embasados, científica ou moralmente, e VERDADEIRAMENTE HONESTOS, em substituição aos malabarismos dialéticos que apresentou até este momento, tenho a certeza de que todos os defensores da vida assumirão o próprio equívoco, e reconhecerão a sua razão.

Comecemos, pois. Sobre a sua proposta de “discutir de forma honesta” a questão, tenho total convicção de que a posição racional/objetivista acerca deste assunto é a que, efetivamente, o trata com a maior honestidade: trata dos direitos do indivíduo mais vulnerável, e mais interessado no assunto, ou seja, o embrião humano, cujo direito à vida é completamente desprezado por quem defende a legalização do aborto. Em uma sociedade livre, como a que o senhor alega promover, todos os indivíduos devem NECESSARIAMENTE possuir os mesmos direitos. E uma regra básica, havendo a intenção de se manter as bases desta sociedade livre, é a que define que nenhum indivíduo pode ser beneficiário de direitos que revoguem os direitos de outro indivíduo. Neste caso: o bebê deve ter tanto direito à vida quanto a mãe (o direito à vida é um direito incontestável, inalienável, que obviamente antecede e se sobrepõe, em questão de legitimidade, a Estados e governos; governos não deveriam possuir autoridade para acrescentar ou subtrair tais direitos; entretanto, em vista desta tentativa de subtração do direito à vida, para fins argumentativos, consideraremos “direitos” especificamente como algo promovido e assegurado pelo Estado).

Segundo a Ética Objetivista, “‘Direito’ é um princípio moral que declina e sanciona a liberdade de ação de um homem em um contexto social. Há apenas um direito fundamental (todos os outros são consequências ou corolários): o direito de um homem à sua própria vida. (…) “Direito” é um conceito moral, que fornece uma transição lógica dos princípios que guiam as ações de um indivíduo para os princípios que guiam o seu relacionamento com os outros – o conceito que preserva e protege a moralidade individual em um contexto social – a ligação entre o código moral de um homem e o código legal de uma sociedade, entre a ética e a política. Os direitos individuais são o meio de subordinar a sociedade à lei moral. (…) O princípio dos direitos individuais do homem representou a extensão da moralidade ao sistema social – como uma limitação ao poder do Estado, como proteção do homem contra a força bruta do coletivo, como a subordinação da força ao direito.” ¹

Pode-se concluir, então, que um indivíduo PODE violar o direito de outro indivíduo, mas NUNCA POR DIREITO. O direito de um indivíduo à livre ação não pode de maneira alguma incluir o “direito” de atentar contra um direito de outro indivíduo.  A partir do momento em que for legalizado o direito de um indivíduo violar o direito de outro indivíduo, viveremos em uma sociedade caótica, regida por leis que nos remeterão à idade da pedra, onde valerá mais a força bruta (ou no caso, a força da polícia de estado, fazendo valer a força de uma lei criada por uma maioria qualquer que seja capaz de amparar “democraticamente” seus atos imorais com um respaldo legal) que o direito legitimamente concebido – ou seja, o direito moral.

Não havendo ameaça a nenhum direito da gestante, consequentemente, não há nada que justifique, moralmente, a interrupção da vida de um bebê no útero de sua genitora. O tipo de aborto que o senhor defende, no projeto de lei 882-2015, não é justificável pela ameaça a nenhum direito das mulheres (o aborto ainda é um ato ilegal, e não há direito algum já adquirido pelas mulheres que corra o risco de ser revogado, caso tal ato lhes seja negado): o senhor tenta justificá-lo apenas pelo DESEJO que certas mulheres tem de não ter o filho.

O senhor defende que “haja regras claras quando se pode ou não se pode abortar (até qual semana da gestação)”, mas, analisando este argumento racionalmente, só se pode chegar à uma conclusão racional: a de que o estágio da gestação é irrelevante, no que diz respeito ao direito à vida. Os defensores do aborto utilizam o argumento de que o aglomerado de células formador do embrião só passa a ser considerado uma vida após a 12ª semana de gestação – mas na verdade, ainda não há e, provavelmente, nunca haverá consenso entre os estudiosos, acerca do estágio da gestação a partir do qual se pode considerar um embrião efetivamente uma vida humana. O que se deve levar em consideração, neste caso, é o fato de que, se não houver interferência externa neste “aglomerado de células”, inevitavelmente uma vida será originada. As células embrionárias, em seu estágio inicial de desenvolvimento, podem não ser efetivamente uma vida, mas são etapas de um processo que infalivelmente vai resultar em uma vida. No instante em que ocorre a fecundação, a geração de uma vida é fato estabelecido, já que a simples não interferência é suficiente para que ocorra o completo desenvolvimento embrionário. A partir do instante em que ocorre a fecundação de um óvulo, uma vida está à caminho, e os envolvidos no processo deveriam passar a carregar obrigações para com esta (entre as quais, a obrigação primordial deve ser absterem-se de violar os direitos do embrião).

Existe ainda outro problema com a definição de regras que determinem estágios de legalização do aborto. Não havendo, ainda, consenso quanto ao momento em que um aglomerado de células passa a ser considerado efetivamente uma vida, todo e qualquer indivíduo que se submeter a um procedimento de aborto estará se submetendo também a um risco moral, baseado em uma decisão tomada às cegas: terá 50% de chances de estar realizando um inocente procedimento cirúrgico, e 50% de chances de estar cometendo um homicídio premeditado. Tal indivíduo estará apostando sua reputação moral em um jogo de roleta russa. Moralmente, a única maneira de se precaver é abstendo-se de praticar tal ato.

Sobre o senhor não ser a favor de que o aborto seja utilizado como “um mero método contraceptivo, ou um meio de controle familiar”, e sobre a necessidade de se instituir “políticas públicas de informação sobre os métodos contraceptivos e acesso gratuito a eles nos centros de saúde, educação sexual nas escolas, prevenção e combate ao estupro e à violência de gênero e outras formas de impedir a gravidez não desejada”, estes são argumentos com os quais eu concordo, e, na verdade, dificilmente o senhor encontrará alguém que não concorde! Quem, mental e moralmente são, seria suficientemente cínico a ponto de sugerir o aborto como método contraceptivo? E quem não seria a favor de conscientizar a população, a fim de evitar casos de gravidez indesejada? Este não é o ponto da questão. O ponto é: o senhor defende que um mero DESEJO, um CAPRICHO de uma mulher que NÃO QUER um filho, e ESCOLHE não tê-lo, seja transformado em um DIREITO. Ou seja, pelo simples fato de uma mulher gestante NÃO QUERER o bebê, o senhor defende que ela passe a possuir o DIREITO DE NÃO TÊ-LO.

Segundo a Ética Objetivista, a noção de que “qualquer coisa que se faça está certa, porque se escolheu fazê-la, não é de maneira alguma um princípio moral legítimo, mas ao contrário, é uma negação completa de quaisquer princípios morais, e o banimento da moralidade das questões sociais” ². A Ética Objetivista diz ainda que “quando um ‘desejo’ é tomado como uma premissa ética, e a gratificação de qualquer e todo desejo é tomada como um objetivo ético, os homens não têm escolha, exceto odiar, ter medo e lutar uns contra os outros, porque seus desejos e interesses necessariamente colidem” ³. Ou seja, a partir do momento em que se convencionar transformar CAPRICHOS CEGOS de momento em DIREITOS, nossa sociedade estará no caminho progressivo e irreversível da autodestruição.

Há quem defenda o aborto, até mesmo, alegando que as mulheres que optam por fazê-lo assim o fazem por não terem condições financeiras de criar as crianças, e que o aborto, então, deveria ser legalizado para evitar que crianças vivam na miséria. Havendo pessoas consentindo com esta linha de raciocínio, daqui a 30 anos nosso congresso estará debatendo a legalização da execução de pessoas abaixo da linha da pobreza, como forma de exterminar a miséria.

O senhor tem total razão ao afirmar que “gravidez não é destino, é escolha”. Quando um casal ESCOLHE se relacionar sexualmente, e ESCOLHE não utilizar nenhum dentre os inúmeros métodos contraceptivos disponíveis (que inclusive podem ser adquiridos gratuitamente, e com grande facilidade), este casal assume a possibilidade (e a responsabilidade) de vir a gerar uma gravidez. O senhor tem razão neste ponto, gravidez é mesmo questão de escolha.

Sobre o seu argumento de que ”aborto é uma grave questão de saúde pública e precisa ser tratado como tal”, eu concordo plenamente, e acrescento: o aborto é uma grave questão de saúde para as mães, e sobretudo PARA OS BEBÊS, e por este motivo deve ser duplamente combatido e punido.

Sobre mulheres que vem a falecer em decorrência de complicações durante abortos clandestinos, seja através de procedimentos cirúrgicos, uso de chás, medicamentos, ou o que seja, tenho apenas uma consideração a fazer: essas mulheres recorrem a estes métodos CONSCIENTES da sua natureza ilegal e dos riscos físicos e psicológicos aos quais estão se submetendo, mas provavelmente calculam, em suas mentes desajustadas, que esses riscos são menores do que o “terrível” risco de vir a dar à luz uma criança, e passar a ter com esta uma obrigação. Estas mulheres estão cometendo um ato que é, ao mesmo tempo, ILEGAL e IMORAL, e a sua sugestão para resolver tal problema é simplesmente legalizá-lo? Simplesmente porque a mulher assim o DESEJA? O senhor defende como solução para um ato criminoso, apenas pelo fato de este ser amplamente praticado, que seja simplesmente legalizado e passe a ser oferecido como “serviço” pelo Estado? Volto a repetir: o DESEJO não pode de maneira alguma ser transformado em critério definidor de DIREITOS. Muito menos um DESEJO que viole um DIREITO DE OUTRO INDIVÍDUO. A defesa deste argumento é simplesmente IRRACIONAL.

Sobre os “moldes” em que se encaixam as mulheres praticantes de abortos: são todas igualmente criminosas e imorais.

Sobre agentes federais que facilitam abortos: são todos criminosos e imorais.

A defesa do aborto não passa de uma confissão psicológica, que revela um mal profundo: quão extensamente o altruísmo corroe a capacidade dos homens de compreenderem o conceito de direitos ou o valor da vida de um indivíduo; revela uma mente da qual se apagou a realidade de um ser humano” 4. É uma confissão psicológica que revela o quanto os indivíduos se deixaram iludir, e se renderam aos valores altruístas, tratando as questões éticas com base unicamente nos termos estabelecidos pelo altruísmo.

Para finalizar, saiba, caro deputado, que o senhor não tem idoneidade moral para acusar ninguém de ser hipócrita! Defendemos TODAS AS VIDAS envolvidas na questão do aborto: a vida das mães e a vida dos bebês; ao passo que o senhor, enquanto supostamente defende a vida de mulheres, prega a matança irresponsável de bebês.

 

Citações de “A Virtude do Egoísmo”, de Ayn Rand:

1 – Capítulo 12, Os Direitos do Homem;

2 – Capítulo 13, “Direitos” Coletivizados;

3 – Capítulo 1, A Ética Objetivista;

4 – Capítulo 10, A Ética Coletivizada.

 

OBS: Foram utilizadas palavras escritas com letras maiúsculas, e grifadas em negrito, apenas para prestigiar o “estilo” do nobre deputado.

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8 comentários em “Resposta a Jean Wyllys: o aborto é um ato ilegal, imoral e irracional!

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    06/11/2015 em 8:12 pm
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    Bem, sinceramente, não se trata de um tema, a meu ver, discutível. Assim, vejamos o que é considerado CRIME HEDIONDO: é aquele diretamente proporcional à INCAPACIDADE DE DEFESA da vítima. Bem, para o caso de um feto, seja de que idade for (?!), discutir o quê. Não existe outra referência que venha subistituir o ato da concepção. Tal posicionamento independe de interferências religiosas e/ou científícas. Em tempo: não existe essa de gravidez indesejada, já que, sem desejo não há condições para o devido “acoplamento” do casal.

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    29/10/2015 em 4:25 pm
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    Não sou religioso praticante. Porem faço as minhas orações. Mais de agradecimentos pela vida maravilhosa que desfrutamos , com saúde, juntos aos meus familiares e pelas benesses materiais advindas da nossa luta, conseguida com os esforços de nosso preparo cultural, e do nosso trabalho, do que de pedidos para que a nossa família cresça financeiramente. Obvio que sempre rogamos para que não sejamos desprotegidos em nossa saúde. Dados estes esclarecimentos, declinarei a minha posição sobre o aborto que, felizmente, coincide com a da minha esposa, e de meus quatro filhos, sendo todos adultos, e dois deles já casados, e com filhos.

    Desde muito jovem fui orientado pela minha saudosa mãe que um aborto, independente do prazo em que ele seja realizado, estará sempre ceifando uma vida. portanto deveria ser considerado como um ato criminoso. Depois de adulto, e já na Faculdade, em todas as ocasiões em que o tema da aula versava sobre o direito ou não da mulher abortar, eu sempre fui contra este direito. E obvio que eu tinha que expor os motivos que me levaram a pensar desta maneira. E eles são muitos, claro que não científicos, mas morais. Que fique claro que respeito o direito ao aborto, já previsto em lei. Faço uma ressalva ao estupro: Em casos de estupro, eu entendo que o mais prejudicado continua sendo o feto que, por ter sido gerado num momento de grande tensão entre agressor, e agredida, não tem quem fale por ele. O hipotético pai, por ser um degenerado, nem sempre*, não pensa em outra coisa a não ser consumar o fato, e fugir do local do crime, o mais rápido possível. A agredida, aquela que agora passa a ser considerada a hipotética mãe, não vê a hora de se livrar do fruto daquela relação indesejada.

    Eu quero crer que se fosse feito um trabalho Psicológico com a vítima de estupro, para que ela levasse a gestação até o fim, e depois resolvesse se queria ficar ou não, com a criança. Muitas vidas poderiam ser salvas. Infelizmente o que ocorre nestes casos, e devem ter pesquisas que comprove o que vou dizer, é que: A maioria dos estupros são praticados contra menores, e filhas de famílias de baixo poder aquisitivo. Então, somados o ódio que se desenvolve na cabeça, e no coração da vítima, e dos familiares, mais a impossibilidade financeira de se criar uma criança com a dignidade que um ser humano merece, é o que motiva a necessidade de se recorrer ao aborto. Se a parturiente fosse convencida de que ao tirar o direito desta criança vir ao mundo, somente por um ódio do qual ela não tem culpa, ou por motivos financeiros, poder-se-ia, por exemplo, estar privando o mundo do nascimento de um benfeitor da humanidade, ou no mínimo de um cidadão que por seu caráter, sua idoneidade moral, poderia servir de modelo para esta gentalha que hoje comanda o nosso país.

    Quando eu sinalizei acima, ao dizer: “O hipotético pai, por ser um degenerado, nem sempre*,” O que eu quis alertar, foi para o seguinte: Se o aborto for liberado, como propõe este imbecil Deputado, anotem o que eu vou dizer, estará aberto mais um caminho que, diga-se de passagem, será o mais rentável para certo tipo de mulher oportunista que, não vê a hora de encontrar um ricaço, facilitar a ele para que se concretize uma gravidez, dar a notícia a ele, e ver a reação da vítima. Se ele demonstrar alguma felicidade, pronto este é o meu bilhete de loteria. Agora é só trata-lo bem por alguns meses, até que a criança nasça. Depois ela decidirá se vale a pena ou não, ficar com o infeliz. Caso ela decida que não, começará a maltratá-lo até que venha o divórcio. E então a nossa justiça ira reconhecer que ela merece receber dele, o idiota, uma pensão que ela, por méritos próprios, jamais sonharia receber como salário em uma profissão liberal qualquer.

    Agora se ela mostrar-lhe o atestado de gravidez, e ele virar uma fera, ameaçando-a para que faça o aborto, então ela já muito bem preparada no golpe da gravidez, fara o maior papel de canastrã de sua vida. Ela se humilhara, se desfazendo em prantos, e tentando mostrar a ele que aquele teste de gravides era a prova de amor que ela queria dar a ele. Obvio que ele mais esperto do que o outro que, no exemplo aceitou, não entrará nas artimanhas dela e forçara o aborto. A partir dai ela se sente forte o suficiente para exigir dele uma boa quantia em dinheiro, para fazer o aborto e para se sustentar até se restabelecer fisicamente. Depois é só ir em busca de outro gaiato, engravidando e abortando. Até que ela venha a acertar na milhar, e ganhar um rico otário para lhe dar todas as mordomias com as quais ela jamais sonhou.

    Agora se quiserem fazer uma experiência que acabe de vez com a desonestidade moral destes e destas que defendem o direito ao aborto, somente com o argumento vazio de que a mulher é dona do corpo dela, e outros que tais. Façam o seguinte: convidem uns 10 imbecis que pensam como este Deputado, incluindo o próprio, para um bate papo em um canal de TV, de preferencia a Globo, que é a emissora preferida da esquerda, mas que eles vivem a renegá-la. Levem uns dois entrevistadores, que é para a conversa ficar mais descontraída. Comecem a conversa falando sobre as amenidades do cotidiano. Depois de leve, entrem nas futilidades da vida de cada um dos entrevistados. Façam com que cada um deles conte sobre o seu emprego, as suas viagens, a faculdade que cursaram, os cursos feitos fora do Brasil, onde compram as sua roupas, que carros possuem, com quem cada um deles já namorou, onde moram e o tamanho da casa, quem são os seus melhores amigos, que clubes frequentam etc. E tudo deve ser gravado para que seja mostrado a cada um deles, o que disseram sobre as suas vidas. Feito isto, ai vem o grande final que, com certeza irá desmascará-los de uma vez por todas. Isole todos eles em um local que não possam ouvir o que se passa no palco. Mas antes, perguntem a cada um deles se eles foram, e estão felizes com a vida que viveram até hoje. Depois chame-os individualmente ao palco, e façam-lhes a seguinte pergunta. E se a sua mãe pensasse como você, na época em que você foi gerado e tivesse abortado você. O que você tem a dizer?

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      30/10/2015 em 12:16 pm
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      SE minha avó tivesse barba seria meu avô.
      Que história sem pé nem cabeça. Não tem como fazer essa associação com o passado e utilizar “e se”. “Se” eles tivessem sido abortados eles não estariam ali para contar história. Ponto. Ninguém ia “sofrer” ou imaginar que poderia ter sido diferente pois simplesmente eles não teriam existido. Aliás, utilizando essa mesma linha de pensamento posso dizer que se a mãe de Hitler pensasse como eles e tivesse abortado então o Hitler não teria nascido.

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        30/10/2015 em 6:58 pm
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        Eduardo Moura > Eu começo te respondendo, e afirmando o seguinte: “Se” você tivesse nascido na época do grande cantor Jorge Veiga, eu juraria que foi você quem serviu de mote, para que ele compusesse o seu grande sucesso: Café Society, pelo menos na primeira frase da letra. Porque você seria o próprio. Veja e confirme: “Doutor em Anedotas e em Champanhotas” Esta sua respostinha mal-ajambrada, e desconexa em relação ao meu texto, quando você diz “SE minha avó tivesse barba seria meu avô.” chega a ser de uma imbecilidade digamos: “trágica” Mesmo porque barba e bigode não tem o poder de mudar o sexo de ninguém. Se esta sua comparação esdrúxula, por sinal, tivesse algum cunho científico, em muitas regiões de Portugal os netos só teriam avôs, visto que nestas regiões muitas mulheres tem barba rara, e bigode.

        No seu primeiro texto, onde você diz: “Não concordo com o autor do texto. Muito bla bla bla, mas a base da discussão é: “Onde começa a vida?” ou “Com quantas semanas de gestação começa a vida?.” Quando eu comecei a lê-lo, logo me veio a mente o seguinte: Deve ser mais um “Camarão” petista que não sabe fazer outra coisa, a não ser desmerecer as qualidades intrínseca a outrem. Dizer que o autor do texto é cheio de bla bla bla, é no mínimo deselegante. Vamos esperar que numa próxima oportunidade você se comporte com um pouco mais de respeito ao seu semelhante.

        Continuando a sua tagarelice, você me sai com esta: “Independente da opinião do autor, o fato é que FETO não é BEBÊ e Grávida não é MÃE.” Quanta erudição sobre fertilização, não é mesmo? Nesta sua afirmação você deu o xeque-mate, e está terminado o assunto. Não se discute mais. Acontece que os que são contra o aborto, assim como eu, não estamos preocupados com o seu ponto de vista. O que nos preocupa é uma vez feito o teste de gravides, e dando positivo, que esta criança tenha o direito à vida. Simples assim.

        Nos meios Jurídicos, costuma-se definir muitos casos, da seguinte maneira: “Na dúvida pró réu.” Aqui nós os defensores do direito à vida, queremos na dúvida:” Pró nascimento da criança” Pois se você mesmo diz que há discordância entre as diversas correntes, em qual acreditar? E qual deve ser tomada como premissa a ser seguida? Depois você tasca um outro disparate da sua safra: “Existem inúmeros debates sobre o assunto, porém cientificamente a fecundação do óvulo pelo espermatozoide não inicia a VIDA, se fosse assim, fecundações “in vitro” seriam assassinatos vistos que muitos óvulos fecundados são descartados no processo.”

        Meu querido: “A mãe natureza é muito mais sábia do que possa supor as suas vãs suposições” Para que a gravidez se complete, é necessário haver a cópula, que é a inserção e fricção do pênis masculino, geralmente ereto, na vagina feminina, até provocar a ejaculação. Ocorrendo esta maravilha da natureza, o espermatozoide já sabe o que deve ser feito para encontrar-se com o óvulo, e produzir o que há de mais sedutor, e deslumbrante com que a mãe Natureza nos brinda, que é a vida. E vocês querem cessar este acontecimento no nascedouro. Portanto, antes de postar asneiras, quando se tratar de um assunto sério, pense.

        Agora no caso das fecundações “In Vitro”, trata-se de uma ajuda que a ciência dá a mãe Natureza, com o fito de dar a alegria às verdadeira mães, aquelas que respeitam a que todos tenham o mesmo direito à vida. Enquanto as pseudos mães, por já estarem usufruindo este direito, querem mesmo é que os que estão por vir, se explodam. E ao fazer mais uma daquelas suas comparações, afirmando que: “fecundação do óvulo pelo espermatozoide não inicia a VIDA, se fosse assim, fecundações “in vitro” seriam assassinatos vistos que muitos óvulos fecundados são descartados no processo.”

        Em relação a isto, eu vou comentar sobre um assunto que não sei se é do seu conhecimento. Vou falar sobre “Eugenia”, mas “en passant”. A Eugenia foi aplicada em muitos países, inclusive nos Estados Unidos. Ela tinha como escopo a demonstração da superioridade física e mental, entre as raças. Segundo dizem, foi dai que surgiu o Holocausto. No Brasil, também, chegou a ser criada a Sociedade Eugênica. Mas não se desenvolveu com a finalidade para a qual foi criada no Século XIX por Francis Galton. No Brasil foi dada mais atenção a parte da higiene, e da informação sobre doenças e vícios entre casais que pretendiam contrair matrimônio. Se fosse obedecido estes critérios, ajudaria muito ao casais se conhecerem melhor antes do casamento, para depois não dizerem que compraram gato por lebre. Quantos não são os casos de casais em que um dos conjunges vem a descobrir, depois de casados que, por exemplo: um deles é Tuberculoso, Sifilítico, Alcoólatra, viciado em drogas, inférteis e outros que tais. Se ambos fossem orientados para que fizessem todos os exames pré nupciais, que deveriam ser gratuitos, solucionar-se-ia primeiro todos estes problemas, e depois casariam. Não é lindo?

        Ah, e a fecundação “In Vitro” jamais, por qualquer motivo, poderia ser considerado Assassinato. Caso contrário teríamos que já ter prendido todos os masturbadores deste país. E se sair esta lei, você será o primeiro que eu vou denunciar na delação premiada, como masturbador. E eu não poderia terminar este breve relato, sem antes te esclarecer mais uns detalhes da sua resposta à minha ilustre figura: “Quando você classificou a minha história como sem pé nem cabeça” você me “magoo”, mas tudo bem esta desculpado. Espero que não repitas estas malcriações infantis. Outro detalhe importe, eu sou usei o termo “E se” uma única vez, e no local exato em que deveria ser usado. Quando você quis novamente se fazer de inteligente, ao dizer-me: “Se” eles tivessem sido abortados eles não estariam ali para contar história”. Que conclusão genial!!! Sabe que eu nem havia pensado nesta possibilidade? Pois foi por isto que eu pedi para que se convidasse para que viessem ao um canal de TV, aqueles que estão vivos, e gozando de todas as delícias que a vida lhes oferece, mas que estão desesperados para eliminar o direito de outros desfrutarem dos mesmos prazeres.

        E finalizando, veja como os nossos pensamentos, acredito que, sobre os mais diversos assuntos, são diametralmente opostos. Quando eu falei que um aborto, por exemplo, poderia estar privando o mundo do nascimento de um benfeitor da humanidade, ou no mínimo de um cidadão que por seu caráter, sua idoneidade moral, deveria servir de modelo para esta gentalha que hoje comanda o nosso país. Você vem me trazer como seu exemplo, o nome de Hitler. Felizmente eu quero crer que em todos os abortos que foram evitados, nasceram somente gente boa, assim como eu. Já como você eu não arrisco por a minha mão no Fogo. E aqui vai um aviso importante: Li recentemente que aquele personagem do filme de Volta para o Futuro, estão planejando uma viajem de Volta para o Passado, e evitar que as mães do Lula e da Dilma engravidassem. Cuidado em, se você continuar criticando os textos de outro, assim como fez aqui nesta pagina, nós enviamos o endereço da sua casa para eles. Qualquer duvida me ligue.

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    29/10/2015 em 1:08 pm
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    Engraçado as feministas lutarem tanto pelo aborto que é o procedimento mais agressivo, mas não vejo lutarem para facilitar os procedimentos de esterilização, seja em hospital publico ou privado, para homens e mulheres.

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    29/10/2015 em 12:57 pm
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    Não concordo com o autor do texto. Muito bla bla bla, mas a base da discussão é: “Onde começa a vida?” ou “Com quantas semanas de gestação começa a vida?”.
    Independente da opinião do autor, o fato é que FETO não é BEBÊ e Grávida não é MÃE.
    Existem inúmeros debates sobre o assunto, porém cientificamente a fecundação do óvulo pelo espermatozoide não inicia a VIDA, se fosse assim, fecundações “in vitro” seriam assassinatos vistos que muitos óvulos fecundados são descartados no processo.
    “Há quem defenda, no entanto, que a vida só começa na 3ª semana de gravidez – porque, até ali, o embrião ainda pode se dividir, dando origem a dois ou mais gêmeos. Existe ainda a corrente dos que afirmam que o feto só se transforma numa pessoa quando começa a produzir ondas cerebrais semelhantes às de um ser humano “pronto” – 8ª semana para uns, 20ª para outros. E, por fim, há os que apontam para a 24ª semana de gestação, quando os pulmões do feto já estão formados. Para quem acredita nessa tese, é só nesse momento que o futuro bebê adquire condições de sobreviver fora do útero.”

    De fato é a maioria dos cientistas aponta o fato que na 8ª semana de gestação o EMBRIÃO passa a ser FETO.
    Na minha opinião a 8ª semana é uma linha de corte razoável. Caso a pessoa não concorde é muito simples: NÃO FAÇA O ABORTO. Proibir as pessoas de agirem com liberdade, conforme sua vontade sendo que EXISTE respaldo na literatura cientifica não é nada Liberal. O estado tem obrigação de reconhecer tanto aquele que não concorda com o aborto segundo suas crenças quanto aquele que se baseia no consenso científico. Liberdade é isso.

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    28/10/2015 em 3:09 pm
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    Esse dePuTado nunca irá discutir qualquer assunto, ele somente sabe se impor. Além de mentir, achincalhar e desprezar a oposição, que diga-se de passagem, para ele são inimigos.

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